domingo, 29 de março de 2015

Prática Pedagógica, Aprendizagem e Avaliação em EAD (resumo)

Que princípios educacionais são fundamentais?

A autonomia é a habilidade de se responsabilizar por sua própria aprendizagem de acordo com o nível de ensino, a partir de um plano de estudo com os recursos necessários. A autonomia moral envolve o ato de ser governado por si próprio. Ao se referir às crianças, Kamii (1984, p. 108) afirma: "a tomar decisões por si [...] [próprias]" considerando todos os fatores para se tomar a melhor decisão para todos, isto é, levando em conta o outro. A autonomia intelectual, por outro lado, se refere à construção de suas próprias conclusões baseadas no seu conhecimento, sem que você seja um simples reprodutor de falas e das ideias de outros, isto é, modificando velhas ideias mais do que acumulando novas.

Vale ressaltar que, ao falarmos de autonomia, esse estudo (partido do estudo da Unesco (Kamii, 1984) que se refere às crianças) considera que, para se ter o adulto autônomo, é necessário que a autonomia seja desenvolvida desde a educação infantil (...).

A ação comunicativa, seja a ação docente (do professor), seja a ação discente (do aprendiz/aluno), foi transformada, e, no decorrer do século XX, deixou de ser unidirecional (do professor ativo transmitindo um conhecimento pronto e inquestionável para um aluno que se comportava como receptor passivo) para ser comunicativa bi e multidirecional (de alunos inquietos e questionadores).

 A colaboração é outro princípio educativo e requer que o indivíduo, nesse caso o aluno, compartilhe saberes e experiências tanto com os outros, para reelaborar o conhecimento existente ou para produzir novos conhecimentos. Cortelazzo (2000) afirma:
     "A colaboração é a base de uma parceria sólida e produtiva e [sic] se espera uma construção conjunta em qualquer atividade humana. Assim, na educação escolar, a colaboração também é fundamental, e deve estar presente na parceria entre professores, entre professores e alunos e entre alunos e alunos." 

A comunicação aberta, portanto, é a expressão emocional e a coesão do grupo integradas ao compartilhamento de ideias e ao debate permitem a construção de novas ideias, conforme indicado por Battezzati (2003, p. 40):
     "A presença social se constitui em importante apoio para a presença cognitiva, em atividades de aprendizagem colaborativa, ocupando papel de facilitadora indireta do processo de pensamento crítico, na medida em que os participantes do grupo sintam suas interações divertidas e significativas em termos de resultado."

Ainda de acordo com a autora citada, o professor manifesta sua presença pedagógica mediando a definição de tópicos, construindo significados em conjunto e orientado a integração da presença social e cognitiva no processo educacional formal.
Lee e McLoughlin (2010, p. 68), ao estudarem as dificuldades e limitações referentes à distância e tempo na EAD, lembram que a presença social é determinante para a coesão social e, portanto, para a aprendizagem colaborativa:
     "Quando os níveis de presença social são baixos, os membros do grupo sentem-se desconectados, a coesão se afrouxa e as dinâmicas do grupo se enfraquecem. Por outro lado, quando a presença social é alta, os membros do grupo se sentem vinculados e comprometidos e motivam-se para participar nos processos do grupo, tal como a aprendizagem colaborativa." (Lee; McLoughlin, 2010, p. 68)

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